segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

nos espaços vazios sou teu corpo de silêncio e vidro sou o teu sopro neblina resina fantasma por sobre manhãs e horas densas do fim de um dia
sou um corpo inexistente de veludo e lúdico parente das violetas e outras espécies mudas que insistem numa esquina e são apenas
a convergência de olhos em forma de folhas o encontro de abelhas e flores a visão e as cores de onde se gera os corpos de silêncio e vidro inexistentes e habitantes desses espaços vazios tão pedestres como o movimento e
o tempo de flores abelhas e folhas...


Rio, 14 de janeiro de 2011

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antônio bizerra