quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Todos sempre muito ocupados com suas vidas e parece que minha poesia não encontra ouvidos... Ou, pelo menos, sejam talvez meus ouvidos que não encontram as respostas para os meus poemas. Mas eles existem e estão por aí, vivos, no mundo.
Acabei de comprar um livro: O lobo da estepe. Eis o que sou: o lobo da estepe, solitário, andarilho... Esse livro por sobre a mesa desse café é um espelho. Toda a mesa, aliás, um espelho. E estes guardanapos e este lugar todos, enfim, espelhos.
Que meus espelhos refletem somente meu espaço interior. Meus espelhos...
Cada qual elege seus próprios espelhos.


(B. Aires, 23 de dezembro de 2018)

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antônio bizerra